Criminosos usam Pix para aplicar novos golpes em 2022

“Golpistas copiam identidade visual de serviços populares e enviam emails com cobranças, falsas contas para pagamento e utilizam Pix com QR Code para que os usuários façam pagamentos”.

A utilização de emails para aplicação de golpes não é desconhecida da população, mas uma série de novos golpes vêm sendo registrados e incluem não só o recebimento de cobranças oriundas de emails falsos, como também usam o Pix como modalidade de pagamento. Quem alerta para os cuidados com esse tipo de golpe é a empresa de segurança Kaspersky – que identificou golpes direcionados a clientes de plataformas de streaming, cinemas, pequenas e médias empresas.

Cuidado com os novos golpes do Pix

Na verdade são dois tipos de golpes identificados pelos especialistas da Kaspersky: o primeiro deles é já bem difundido e envolve faturas falsas e contas a pagar, porém, atualmente os criminosos usam QR Code como opção de pagamento – muitas vezes como único recurso de pagamento ou ainda, oferecendo um falso desconto.

A organização criminosa recria a identidade visual de empresas conhecidas, sites e empresas reais, mascaram emails fraudulentos para simular um email oficial e oferecem QR Code como opção de pagamento com desconto de até 5% à vista. Uma vez feito o pagamento, é muito difícil reverter a situação, haja vista que o pagamento por QR Code é legítimo.

Para o analista sênior de segurança da Kaspersky, Fábio Assolini, “para evitar cair no golpe, as pessoas e empresas precisam identificar os detalhes que indicam que a mensagem é falsa“.

Outro golpe identificado pela Kaspersky foi uma oferta falsa de parceria entre um serviço de streaming e uma rede de cinemas, em que os cibercriminosos elaboraram uma espécie de “plano trimestral” para assistir filmes em cartaz nos cinemas, sem sair do conforto do lar. O valor do suposto plano era de R$ 267,99. O pagamento do plano, claro, é via QR Code.

“No primeiro esquema, o QR Code foi adicionado como alternativa, mas no segundo, o golpe foi criado apenas com ele. Isso mostra o interesse e a tendência do abuso dessa tecnologia nas fraudes online que pontuamos como uma tendência para este ano. Me surpreendeu muito seu surgimento logo nos primeiros dias do ano e isso só reforça o quanto esta prática deve se tornar popular no decorrer do tempo”, comenta Assolini.

Como se proteger?

Apesar das dificuldades de identificar uma tentativa de golpe, há algumas práticas que podem reduzir as chances de cair em golpes como esse. Se liga:

• Quando você recebe uma fatura de serviço que realmente assina, não custa nada verificar se o valor fecha com o disponível também no app oficial da empresa (ex: Companhia telefônica);
• No email, vale conferir se o email do remetente não parece suspeito. Ex: “cobranca@dominiodesitesuspeito.com“;
• Faturas ou boletos que informem poucos dados e apenas o código do cliente, que é pouco decorado pelos clientes, portanto, fácil de ser aleatório;
• Embora os criminosos estejam mais atentos, é bom ler todo email para capturar erros grosseiros de digitação;
• Em caso de promoções muito vantajosas, procurar o site oficial das companhias a fim de encontrar a promoção por lá também;
• Não custa usar as redes sociais para confirmar algumas informações com os prestadores de serviços. O Twitter é uma ótima ferramenta para pedir ajuda das marcas ou então esclarecer qualquer dúvida – eles tem gente preparada especialmente para isso.

Fonte: Oficina da Net